Utilização das águas
subterrâneas no semi-árido
Evento reuniu mais de 200 pessoas e discutiu ações
para a melhor gestão dos recursos hídricos
subterrâneos na região semi-árida do
nordeste brasileiro
A ABAS - Núcleo Pernambuco promoveu no dia 28 de
agosto, o II Workshop Sobre a Utilização de
Águas Subterrâneas no Semi-Árido Brasileiro.
O evento foi realizado no auditório Beberibe, do
Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.
Após a abertura solene, foram discutido temas interessantes
como "Potencialidade das Águas Subterrâneas
na Região Semi-Árida", "As Perspectivas
de Uso da Água Subterrânea para a Convivência
no Semi-Árido", "Estado da Arte da Captação
de Água Subterrânea: Tecnologia x Meio Ambiente",
"A Intervenção do Governo Federal no
Nordeste Brasileiro: de 1900 aos Dias Atuais", "Controle
Social das Ações de Convivência com
o Semi-Árido" e "A Importância de
um Programa Permanente de Perfuração de Poços
para Convivência no Semi-Árido". O II
Workshop Sobre a Utilização de Águas
Subterrâneas no Semi-Árido Brasileiro contou
com um público de aproximadamente 200 pessoas formadas
por políticos, técnicos e a sociedade em geral.
"A finalidade do evento é cooperar com a apresentação
de soluções que venham a minimizar o angustiante
problema de falta d'água, vivenciado pelos nossos
irmãos da região semi-árida do nordeste
brasileiro", alegou Waldir Duarte Costa Filho, presidente
da ABAS Núcleo Pernambuco.
Ao final das discussões, os organizadores apresentaram
a "Carta do Semi-Árido Brasileiro" propondo
várias ações para a gestão dos
recursos hídricos subterrâneos:
¨A captação da água subterrânea
deve ser considerada como uma das mais eficazes opções
para a sustentabilidade no fornecimento de água para
os diversos fins, na região semi-árida do
nordeste brasileiro.
¨A alocação de recursos do setor público
em obras de captação de água subterrânea
deve levar em conta, além do desenvolvimento econômico
da região semi-árida, também a fixação
do homem no campo, através da concessão de
meios que permitam uma convivência digna do sertanejo
com as adversidades climáticas.
¨A explotação das águas subterrâneas
deve ser efetuada a partir de planos de gestão integrados
com os recursos hídricos superficiais, em que sejam
consideradas as características naturais e hidrológicas
de cada área específica, as condições
sócio-econômicas da população,
os interesses das comunidades e as peculiaridades de cada
obra.
A gestão dos recursos hídricos subterrâneos
deve ser conduzida respeitando os parâmetros técnicos
desde o planejamento das obras, a sua construção,
a sua manutenção e o seu monitoramento, buscando-se
obter a excelência de qualidade.
|
¨O aprimoramento na qualificação tecnológica
dos recursos humanos deve ser uma constante preocupação
das empresas públicas e privadas que lidam em obras
hídricas como a perfuração de poços
tubulares, o principal veículo de captação
das águas subterrâneas.
¨Tecnologias avançadas devem ser sempre adotadas
na captação das águas subterrâneas,
visando maximizar a qualidade da obra, a quantidade e qualidade
da água captada e a preservação do
manancial e do meio ambiente.
¨Investimentos maciços deverão ser efetuados
pelo governo na educação da população
do semi-árido, procurando incrementar a taxa de escolaridade
e o estoque de conhecimento dos agentes produtivos, aumentando
a sua capacidade de geração e assimilação
de tecnologias adequadas ao meio.
¨Os setores público e privado juntamente com
a sociedade civil organizada deverão fomentar um
nível crescente de conscientização
com relação a existência de oportunidades
de aplicação de políticas específicas
para o desenvolvimento do semi-árido.
¨Deverá ser desenvolvido um programa permanente
de perfuração de poços, recuperação
de obras, operação, manutenção
e monitoramento, baseado em critérios técnicos.
¨Campanhas de esclarecimento público deverão
ser encetadas, com divulgação de material
educativo, bem como ser incentivada a criação
de associações de usuários da água.
O evento foi coordenado por Dr. Waldir D.Costa, Dr. Guerino
Edécio, Dr.Alarico A.F. Mont'Alverne (DNPM), Dr.
José Lázaro Gomes e Dr. João Suassuna.
O workshop recebeu patrocínio da Prominas, Chicago
Pneumátic, Perenne, Compesa, Hidrodex, Ebara e Fortilit,
além do apoio do Café Coringa, Água
Mineral Lisboa e Buffet Adilson Fraga. "Na 'convivência
com a seca' é imprescindível um intenso programa
sério de perfuração de poços,
tanto profundos, em terrenos sedimentares e rochas cristalinas
ou ainda poços rasos, em aluviões dos rios.
Nesse sentido, a ABAS propõe a discussão de
idéias, propostas de alternativas e soluções
para minimizar esse problema que entristece toda a população
brasileira e que, infelizmente, vem sendo tratada, por oportunistas
e maus administradores públicos, como mais uma oportunidade
de se locupletarem do dinheiro público", finalizou
Costa Filho.
Waldir Duarte Costa Filho
Presidente do Núcleo Pernambuco
inform@abaspe.org.br
wdcfilho@costa.com.br
|
ABAS Núcleo Sul promove encontro de
perfuradores
A ABAS Núcleo Sul realizou nos dias 30 e 31 de agosto,
o III Encontro de Perfuradores de Poços Tubulares
do Rio Grande do Sul e o I Fórum do Uso e Qualidade
das Águas Subterrâneas.
A terceira edição do evento aconteceu na Universidade
de Caxias do Sul (UCS), no município de Caxias do
Sul, localizado na serra gaúcha. O evento reuniu
profissionais, meio universitário e empresas ligadas
ao setor de águas subterrâneas. Durante o encontro,
foram debatidos temas ligados a questão das águas
subterrâneas, incluindo a participação
da iniciativa privada e de empresas estatais na exploração
das águas subterrâneas, qualidade dos serviços
prestados, ética profissional, fiscalização,
formatação de custos, preservação
do meio ambiente, formação profissional, regulamentação
do setor, mercado e o papel da ABAS neste setor de atividade.
Paralelo ao encontro, foi realizada a III Mostra de Serviços
e Equipamentos, uma exposição com os mais
recentes lançamentos do setor.
|
A System Mud, Sidrasul, Bombas Leão,
Hidro Sistemas, Bombas Grundfos, Technomine, Bombas Vanbro,
Bombas Dancor e Sidermetal marcaram presença na exposição.
"A realização da terceira edição
do evento o consolida no calendário nacional e faz
deste Encontro um referencial para discussões de
assuntos vinculados às questões que envolvam
águas subterrâneas", afirmou o presidente
da ABAS Núcleo Rio Grande do Sul, geólogo
Arnoldo Giardin.
O III Encontro de Perfuradores de Poços Tubulares
do Rio Grande do Sul teve apoio da Universidade de Caxias
do Sul, portal www.perfuradores.com, HidroGeo Perfurações
de Poços Artesianos, Bombas Grundfos e Bombas Leão.
Mais informações na próxima edição.
Arnoldo Giardin
Caixa Postal 202
95.720-000 Garibaldi-RS
arnoldo@redesul.com.br
abasrs@euler.unisinos.br
|
Núcleo-RJ inicia ciclo de palestras
A ABAS-RJ promoveu no dia 21 de agosto, a palestra "Construção
e operação de poços de captação
de água através do sistema Building Operating
Transfer (BOT): a experiência da Geoplan". A
palestra faz parte de uma intensa programação
formada por conferências e seminários, que
serão desenvolvidos até o final do ano pelo
Núcleo carioca.
|
O evento teve início às seis
horas da tarde, no auditório do CREA e reuniu cerca
de 50 profissionais do segmento de perfuração
de poços tubulares. A palestra foi ministrada pelo
geólogo da Geoplan Ltda, Fernando Zulian.
O evento contou com o apoio do CREA/RJ - Movimento de Cidadania
pelas Águas, DRM-RJ, Cenpes - Petrobras, Geoplan,
UFRJ - Setor de Geologia de Engenharia e Ambiental e BFU
do Brasil.
Humberto José T. R. de Albuquerque
|
Conscientização e troca de conhecimentos
Primeiro Workshop de Águas Subterrâneas do
Espírito Santo reuniu diversos representantes da
sociedade civil e profissionais ligados aos recursos hídricos
A Associação Brasileira de Águas Subterrâneas
- Núcleo Minas Gerais, com o apoio da Sociedade Espiritossantense
de Engenheiros Agrônomos realizou nos dias 13 e 14
de agosto, no Hotel Porto do Sol, em Vitória, o I
Workshop de Águas Subterrâneas do Espírito
Santo. O evento teve por finalidade conscientizar, informar,
promover a troca de informações e ampliar
o debate entre a sociedade civil e diferentes classes profissionais,
que trabalham com recursos hídricos no Espírito
Santo. Na abertura do simpósio, a mesa foi composta
pelas seguintes autoridades: Gilmar Gusmão Dadalto,
presidente da Sociedade Espitossantense de Engenheiros agrônomos;
Celso de Oliveira Loureiro, presidente da ABAS-MG; José
Onofre Pereira, Sub-secretário de Agricultura; Nyder
Barbosa de Menezes, presidente da Federação
de Agricultura do Estado do Espírito Santo; Maria
de Fátima Guimarães Gouveia, vice-presidente
da ABAS; Maria Alice Picoli, presidente da ABES-ES; Diomedes
Maria Callman Berger, Seama - Secretaria de Assuntos para
o Meio Ambiente e Sílvio Roberto Ramos, presidente
do CREA-ES.
Entre os temas debatidos, "A Importância e Outorga
de Água Subterrânea", "Programa de
Monitoramento Hidroclimático", "Sistemas
Simplificados de Abastecimento de Água no Meio Rural",
"Modelo de Operação de Poços Tubulares",
"Salinização de Aqüíferos
Costeiros", "Gestão Integrada de Recursos
Hídricos Entre Mineração e Comunidade",
"Contaminação de Aqüíferos",
"Suporte Hidrológico a Estudos Hidrogeológicos",
"Aspectos Legais e Avaliação da utilização
da Subterrânea no Brasil", "e "Outorga
de Águas Subterrâneas".
De acordo com Maria de Fátima Guimarães
Gouveia, vice-presidente da ABAS Nacional e conselheira
da ABAS-MG, o objetivo principal do I Simpósio de
Águas Subterrâneas do Estado do Espírito
Santo foi apresentar temas
|
atuais ligados aos diversos aspectos da água subterrânea.
"A conscientização da sociedade sobre
a utilização adequada dos recursos hídricos
é uma necessidade, em função da evidente
deterioração da maioria das coleções
hídricas superficiais do Brasil. Desta maneira a
água subterrânea, embora naturalmente mais
protegida, também está susceptível
às mesmas variações de qualidade da
água superficial. A exploração da água
subterrânea deve ser aprimorada com técnicas
de locação, exploração de poços
tubulares e adoção de medidas de proteção
aos aqüíferos. Nesse sentido, o evento foi de
extrema importância para o Espírito Santo",
explicou.
Vale do Aço e o cenário das águas
subterrâneas
A ABAS-MG e a ABES-MG (Associação Brasileira
de Engenharia Sanitária e Ambiental de Minas Gerais)
e Unileste-MG (Centro Universitário Leste de Minas
Gerais) promoveram no dia 30 de agosto, o evento "Cenário
das Águas Subterrâneas no Vale do Aço
- Desafios e Soluções". O evento realizado
no Teatro do Unileste, discutiu questões relacionadas
ao aqüífero subterrâneo do Vale do Aço.
O aqüífero abastece as comunidades de Ipatinga,
Coronel Fabriciano e Timóteo. Durante o encontro,
os palestrantes debateram a gestão adequada das águas
subterrâneas, além de temas que trataram da
preservação, exploração e vulnerabilidade
do aqüífero.
Os palestrantes Ronaldo de Luca Gonçalves (COPASA-MG),
prof. Celso de Oliveira Loureiro (SEUFMG), Prof Allaqua
Saadi (IGC/UFMG) e Aldo da Cunha Rebouças (IGC/USP)
debateram a disponibilidade hídrica para o abastecimento
público, vulnerabilidade das águas, pressão
urbana sobre os mananciais e gestão das águas
subterrâneas. O evento terminou com a redação
de uma carta sobre os desafios e soluções
dos recursos hídricos subterrâneos no Vale
do Aço. Mais informações na próxima
edição.
Maria de Fátima G. Gouvêa
Vice-pres. eleita Abas-MG
e-mail: abasmg@gold.com.br
Fone: (31) 351-6363
|
|
|